Sarampo

Sarampo

Publicado em 29 de abril de 2015

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Doença altamente contagiosa causada por paramixovírus, sendo uma das principais causas de óbito em crianças de 1 a 4 anos de idade. Caracteriza-se por febre, tosse, coriza, conjuntivite, exantema maculopapular confluente e um enantema patognomônico.

O contágio ocorre por inalação ou contato com as partículas do vírus que o doente elimina de 2 dias antes até 4 dias após o surgimento do rash. O período de incubação é de 8 a 12 dias, sendo os pródromos marcantes e com duração de 3 a 5 dias (febre alta, mal-estar, coriza, conjuntivite, tosse e inapetência). Dois dias antes do final do período prodrômico podem ser observadas na face interna das bochechas oposta aos dentes pré-molares pequenos pontos brancos, algo elevados, com halo eritematoso chamadosmanchas de Koplik, características da doença.

A seguir o exantema morbiliforme que se inicia na região retroauricualr se espalha para  face, pescoço, tronco e extremidades. A febre alta não regride com o aparecimento do exantema, ou até se eleva, o que é importante no diagnóstico diferencial com outras doenças exantemáticas. A partir do terceiro (quinto) dia do seu início, o exantema tende a esmaecer, com descamação fina e furfurácea, na mesma ordem em que apareceu. A persistência da febre daí por diante, leva a forte suspeita de complicação da doença como otite, pneumonia, encefalite e miocardite.

Em crianças desnutridas, o exantema leva um tempo mais longo para desaparecer, durando mais de 10 dias em alguns casos. A linfadenopatia é manifestação comum no sarampo, com localização predominantemente cervical e occiptal. Uma complicação tardia é a panencefalite esclerosante subaguda.

O diagnóstico diferencial do sarampo pode ser feito com praticamente todas as doenças que apresentam exantema maculopapular.

O tratamento é sintomático. A vacinação é eficaz, sendo feita com vírus atenuado entre os 15 e 18 (12 a 15) meses de vida, evitando assim que anticorpos maternos, caso existentes, possam interferir na resposta imunitária. Uma segunda dose deve ser dada entre os 4 e 6 anos de idade.

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